Trechos...


Charles Robertson deveria ter-se voltado a si mesmo. Não que isso o tivesse absolvido; ele roubara um banco. Mas pelo menos não teria sido o bobalhão de Virgínia Beach.
Sem dinheiro, Robertson, de dezenove anos, foi ao Banco Jefferson State, numa quarta-feira à tarde, preencheu um pedido de empréstimo, e saiu.
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Aparentemente, mudou de idéia sobre o empréstimo e optou por um plano mais rápido.
Retornou dentro de duas horas, com uma pistola, um saco, e um bilhete exigindo dinheiro. O contador obedeceu e, num instante, Robertson estava segurando o produto do assalto.
Imaginando que a polícia já estivesse velozmente a caminho, ele precipitou-se pela porta da frente. Já estava a meio caminho para o carro, quando compreendeu que deixara o bilhete. Temendo que este pudesse ser usado como uma evidência contra ele, Robertson correu de volta ao banco, e tomou-o das mãos do contador.
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Então, segurando o bilhete e o dinheiro, correu um quarteirão até o carro estacionado. Foi quando percebeu que, ao retornar para pegar o bilhete, deixara as chaves no guichê.
"A esta altura", contou rindo um detetive, "instalara-se o pânico".
Robertson meteu-se apressado num restaurante tipo fast food. Removeu uma placa do teto, e escondeu ali o dinheiro e a arma calibre 25. Fugindo rapidamente pelas ruelas, e esgueirando-se por trás dos carros, finalmente chegou ao seu apartamento, onde seu colega, que nada sabia do roubo, recebeu-o com estas palavras: _ Preciso do meu carro.
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Veja você, o veículo de fuga de Robertson era emprestado. Em vez de confessar o crime e admitir o erro, ele enfiou a pá mais uma vez na lama, aprofundando o buraco.
_ Ih, seu carro foi roubado _ mentiu ele.
Enquanto Robertson olhava em pânico, o colega chamou a polícia para comunicar o roubo do veículo. Mais ou menos vinte minutos depois, um oficial descobriu o carro "roubado" a uma quadra do banco recém assaltado. Ele já fora avisado pelo rádio que o ladrão esquecera as chaves. O oficial somou dois mais dois e experimentou as chaves no carro. Elas funcionaram.
Os detetives foram ao endereço da pessoa que anunciara o roubo do carro. Lá, encontraram Robertson. Ele confessou, foi acusado formalmente de roubo, e posto na cadeia. Sem fiança. Sem empréstimo.
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Tem dias que é difícil fazer direito alguma coisa. Até mesmo uma coisa errada é difícil fazer certo.
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Págs 117 e 118a - Nas Garras da Graça

Comentários

Eu disse…
Agradeço a visita Chris...
E as palavras deixadas...
Mas acima de tudo agradeço o seu carinho!
Um belo final de semana para você e para todas as pessoas que estão em seu coração!

Um beijo carinhoso
. disse…
Rsrs acho excelente essa história..tem dia que é melhor nem sair da cama rs
Otimo final de semana
Beijos
Tata disse…
Ai....ai...
Eu que o diga.... tem dias que o melhor mesmo seria não ter nem saído da cama! Hahahahaha
MURPHY cola do lado e aí já viu!!!!
Até o que era para dar certo dá errado ....imagina o que é errado dar certo!!!!KKKKK

Seus posts são sempre ótimos!!!

Ps= Fui te adicionar no orkut e não consegui!! :(

bjinhos
Christi... disse…
O e-mail é outro Tata, do orkut.
Te mando no seu blogue

Bjs
Alvaro Oliveira disse…
Nesta história podemos
aplicar o adágio "o criminoso
volta sempre ao local do
crime". depois de ter obtido
o dinheiro que tanto mdesejava,
algo lhe acontecia que o
condenava.
Nada como viver com o que
a vida nos oferece.

Parabéns pelo texto

Um bom fim de semana

Alvaro Oliveira

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