De novo..
Ao que tua alma grita num quarto que te fecharam
O som por longe vem, e chega em ondas de rádio
Ao toque que não posso dar..
Eis que vejo as absurdas dores de pedaços que te sobraram
Peregrina de terreno rochoso e andarilha de desertos
Mosaica amizade protetora
Ao encaixe de um quebra-cabeça ainda sem desfecho..
Vejo os botões que se unem e se anelam
Viram fortalezas num livro branco cheio de escritas tortas..
Tua morfina é pequena..
Tua dor sem medidas..
Tuas paredes brancas sangram numa destemida direção
De não amar a vida..
Ao que gritas..Ensurdece também..
Ao que calas..Entorpece de lembranças suas veias..
Jogaste teu cérebro no jogo do diabo
E nem os dados te levam a quebrar a banca.
Teu taco não alcança as bolas e as tacadas de êxtase
Voaram com o pó da sedução mentirosa..
Eis que novamente te abraço de longe
Num calabouço que te encontras só
Teu fundo é poço, teu poço é fundo
E diante do que pode ser uma luz do alto..
Tome uma lembrança de que To aqui..
E que estamos juntas no buraco, mesmo que o meu não seja físico
Dentro do peito bate uma dor compartilhada.
Palavras que o vento chega em tempo de fazer tempestade..
Fortes ciclones de ombros..Eis que molha o ombro..
Comentários
Boa Semana pra ti.
A beleza do sentimento
e das palavras que enternece
a alma de quem as lê.
Maravilhoso minha querida.
Adorei, pelo deslumbramento
que me deixou na alma.
Um lindo Domingo lhe desejo.
E este poema merece não um,
mas mil beijos
Alvaro
Quanta beleza,quanta sensibilidade,quanta doçura,quanta solidariedade nos seus versos.É impossível não ficar com os olhos marejados.O ombro amigo pronto para acolher o outro,sentir as lágrimas e compartilhar a dor.
Beijos,minha querida,com muito carinho sempre.
Boa noite!Boa semana!
Estou com um novo blog, somente de cordel e convido-a para conhecê-lo:
http://cantodomeucordel.blogspot.com/
Poético abraço.