Solte o meu hoje...

Você precisa sair da linha que divide a brevidade do hoje

Não te preciso dentro de mim, como um raio de sol que nasce
Não te preciso no corpo, como um antídoto ao veneno do não amar...
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Nossa trilha não existe mais
Nossos caminhos já se foram...
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Já saboreei você
Provei do doce ao salgado, do azedo ao melado
Já fumei você
Nas narinas teu cheiro infiltrava nos meus pulmões
Já senti você tão dentro, que me sentia fora...
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Não deixe de me olhar com amizade
Mas o ontem foi ontem, e te falo a verdade
Não há o verbo haver e existir
O meu peito bate forte e não é por ti...
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Dói... Dói dizer-te palavras tão duras
Mas vives a ilusão de um sono e teus olhos estão abertos em mim
E preciso jogar-te água pra acordar e ver que não há nós... não há nós... não há dois...
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Pega sua bagagem e caminha
Não te prendo a um ego inflamado de ser amada
Te libero das garras de uma paixão que se foi... que se foi...
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Deita o teu amor por mim num livro de retratos
Molhe as fotos, mas com o poder da lembrança apenas...
Sutil...Forte...Vivida...Experimentada...
Mas não molhe novamente meu rosto ao te ver sem chão por mim...
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Vai ...
Precisas ir....