Quando me esquecer quem sou...
Eu quero esse modelo
Quero caber aqui, dentro das medidas
Não importando o surrealismo
Eu quero congelar a imagem
Quero aumentar as voltagens
Do meu metabolismo interior
Da meta e dos ismos possíveis
Eu quero essa estética
Padronizada e Igualada
Eu quero ser clone na rua
Ignorando os modernismos que surtam
Dizendo ser esse um erro globalizado da moda
.
No metal pesado estabeleço meu molde
Meus olhos declinam, pois não me vejo
E nos centímetros e milímetros existentes
Me perco...
Não me sinto quando olho que foi feito á minha imagem e semelhança
O modelo desse esboço de manequim
Meu estilo, Minha beleza, Meu glamour...
Preciso que vires moldura
Preciso que vires escultura
Pra perceber que ali eu sou, ainda sou...
Mas não me sinto e não me vejo ali
.
Modelo sei que sou
E o que sou ?
De que modelo venho ?
Desconheço autoria desse fato
A exigência dentro de mim é enorme
E percebo que através do reflexo do espelho
Sou igual ao metal
Mas olho e toco meu corpo e não me encontro
Há aumento de óptica, de gênero e de grau
Adoeço...
Sinto que adoeci quando esqueci de quem um dia fui
E no dia que mandei congelar meu corpo em araras
Material pesado agora sou
Tão frágil no entanto
Desfilo minha existência...
Comentários
Como gostei deste poema!Quanto sentimento encerra e quanta verdade!
Parabéns,viu?
Beijoo.
isa.
Que bom que vc gosta!!!
Afional essa série da vida cotidoiana tiro do meu cotidiano mesmo! Eita vida louca!KKKKK
Mas... adorei seu texto!!!
cheio de verdades tbm!!!
bjinhos
Ps= tua fot tá cool tbm viu!KKK
bju
Esqueceu de dizer se era todos os dias.Eu,abusadora,adorando suas palavras,seu blog,voltei,segui direitinho tudo.Estou sentada,saboreando as ofertas...
Beijoo.
isa.
Bjs no coração